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Baltazar Ferreira Vilela (1943-2021)

Quem visita os antigos castelos e catedrais da velha Europa vai encontrar marcas em suas pedras, esculpidas pelos velhos pedreiros medievais, como a assinatura pelo “trabalho bom, trabalho no esquadro, digno de ser aprovado pelo Supremo Construtor.   Os Maçons conscientes sabem que também deixam marcas profundas em sua Ordem”.  Mesmo que o tempo passe – como passou para os pedreiros medievais – sua marca vai perdurar. 

Porém, alguns de nós deixam marcas mais profundas, por força do seu exemplo de vida.  Quanto mais profundas essas marcas, maior é a dor da ausência.  Por outro lado, as boas memórias são tantas, tão significativas e tão felizes que amortecem a dor e mantêm viva a presença de seu autor, como a que Baltazar deixou  em nossos corações.

Só quem realiza pode entender o profundo vínculo que une aqueles que trabalham em comum.  Gráfico consumado, Baltazar um profissional consciente e capaz, sempre parte da solução, nunca dos problemas.  Praticamente há bem mais de uma década todos os impressos do Grande Capítulo de Maçons do Real Arco do Brasil – rituais, diplomas, certificados e tantas publicações – passaram pelas mãos competentes dele.  O respeito que dedicamos a ele vai além, muito além da competência profissional e dos laços de amizade como Maçom.  Nos momentos difíceis e duvidosos da tempestade por que passamos no Real Arco, Baltazar foi um dos esteios da nossa recuperação por sua compreensão o auxílio e orientação, que manteve mesmo nos meses em que se viu acometido por doença tão terrível. 

Não é de estranhar.  Porque Baltazar sempre foi muito mais do que o Maçom dedicado e o profissional consumado.  Era um homem de princípios, um homem honrado, em chefe de família exemplar – marido, pai e avô.  Dayse, sua esposa, Ana Paula e Daniel, seus filhos, e Bárbara, Mathaus e Anaya, seus netos podem ter certeza da enorme admiração e do respeito que não apenas o Grande Capítulo de Maçons do Real Arco do Brasil e os Maçons do Rito de York, em particular, mas também os Maçons de todos os Ritos em geral dedicavam a seu marido, pai e avô.

Mas não terminemos essa homenagem singela com tristezas, porque, como disse no início, as memórias desse convívio feliz permanecem com todos nós.  E cada Maçom, ao olhar seus rituais, seus certificados e diplomas – do Rito de York e do Rito Escocês, por exemplo – vai saber que teve a mão desse Artífice e Pai de Família exemplar que foi Baltazar Ferreira Vilela.

                                                  João Guilherme

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