“Real Arco: uma proposta de união, educação, debate e liberdade responsável, dentro do respeito aos corpos maçônicos regulares que os antecederam.”
Embora um dos mais antigos ritos maçônicos, o Real Arco somente há poucos anos chegou ao Brasil. Nele, a mensagem dos grandes humanistas que transformaram a Maçonaria na mais permanente de todas as sociedades fraternas, permanece intacta.
Exatamente por isso, o Real Arco Brasileiro propôs-se a realizar um velho sonho dos maçons brasileiros: a União! Porque hoje com tantos corpos maçônicos consolidados e com vida própria a unificação seria uma utopia inatingível, mas nada impede a que a convivência fraterna e respeitosa entre potências e ritos, que existe de fato em quase todo o Brasil, possa também ser de direito. Por isso, ao receber sua carta constitutiva o Supremo Grande Capítulo de Maçons do Real Arco do Brasil tornou-se o primeiro corpo maçônico brasileiro a receber oficialmente irmãos das 3 potências regulares brasileiras:
1 – o Grande Oriente do Brasil – histórica potência nacional – primaz do Brasil,
2 – as Grandes Lojas – afiliadas à Confederação da Maçonaria Simbólica do Brasil;
3 – os Grandes Orientes Estaduais – afiliados à COMAB – Confederação da Maçonaria Brasileira.
Mais ainda, o Brasil ocupa uma posição ímpar no mundo, porque pratica ativamente seis ritos regulares adiante citados por sua ordem cronológica de adoção no Brasil:
1 – Rito Adonhiramita – primeiro rito praticado em lojas brasileiras que se tem comprovação;
2 – O Rito Moderno ou Francês – o rito dos livres pensadores, ainda o oficial do Grande Oriente do Brasil;
3 – o Rito Escocês Antigo e Aceito – o mais difundido dos ritos;
4 – o Rito Inglês Atual – do qual, o ritual emulação é o mais representativo;
5 – o Rito Schroeder – de origem alemã, muito difundido no sul do Brasil;
6 – o Rito Brasileiro – dedicado em seus graus superiores ao estudo dos problemas brasileiros.
O Real Arco também oficialmente está em estrita amizade com os corpos maçônicos responsáveis por esses ritos e recebe irmãos de todos eles. Com isso, os ritos históricos, alguns deles até recentemente só praticados no Brasil, ganharam mais um aliado em suas campanhas para aceitação universal. A FRATERNIDADE e a TOLERÂNCIA são conceitos dos quais não nos afastamos.
Com isso tudo, o Real Arco tenta mostrar que o aperfeiçoamento filosófico não parou com o progresso tecnológico; a cada geração é preciso renovar a educação! O homem pode ter ido à lua, pode ter mergulhado no interior do átomo, mas continua falível com problemas e dificuldades existenciais que são eternas. Precisa, portanto, de um embasamento ético para poder viver e cultivar a sua essência. No Real Arco damos muito mais valor a essência do que à forma, mas achamos que a forma ter que ser intérprete da essência que queremos transmitir, para que a liberdade possa ser exercida com responsabilidade; uma liberdade pressupõe o conhecimento dos limites. Temos hoje com 5 anos de fundação, mais de 30 capítulos espalhados por todo o Brasil. Nestes capítulos procuramos estudar todos os ritos, porque todos eles se completam. Nosso rito não sofre modificações desde 1797 quando tomou sua forma definitiva nos Estados Unidos.
Trouxemos também o sistema filantrópico que os americanos usam com tanto sucesso. Lá, a filantropia é feita de forma coerente, através de entidades como a Royal Arch Research Association e muitas outras. Claro, as características brasileiras exigem algumas modificações. Ainda assim, temos a Fundação Machado de Assis do Real Arco – nosso braço filantrópico – com projetos decentes e corretos para encaminhar a órgãos competentes do governo sem interesse pessoal. Em suma, este é o Real Arco: uma proposta de união, educação, debate e liberdade responsável, dentro do respeito aos corpos maçônicos regulares que nos antecederam.